segunda-feira, 11 de março de 2013

Dia 16 de Março (sábado) no Centro de Cultura Libertária
Solidariedade com os presos anarquistas bielorussos





































 
Apesar da saudada libertação de Pavel Syramolatau em Setembro de 2012, 5 companheiros apoiados pela Cruz Negra Anarquista encontram-se ainda em prisões bielorussas, enfrentando vários anos de prisão por terem sido condenados por crimes cometidos em 2011.

Artsiom Prakapenka foi detido por um ataque à sede do KGB em Bobruisk, em solidariedade com os anarquistas detidos em 2010. Enfrenta 7 anos de prisão.

Jauhen Vas’kovich enfrenta o mesmo período de reclusão, condenado pelo mesmo crime.

Ihar Alinevich enfrenta 8 anos, condenado por um ataque à embaixada russa em Minsk em solidariedade com os anarquistas russos detidos no célebre caso Khimki. Foi também condenado por um ataque incendiário ao Belarusbank e por um ataque ao casino Shangri La. Ele nega todas estas acusações mas, apesar disso, foi raptado por polícias à paisana em Moscovo e foi extraditado para a Bielorússia ilegalmente. Foi também condenado por ter participado numa manifestação anti-militarista perto da sede do Estado-Maior das Forças Armadas em Minsk.

Aliaksandr Frantskievich foi condenado a 3 anos por ter participado num ataque ao edifício da Federação Sindical (controlada pelo estado) e por pirataria informática. Apesar de ter sérios problemas de saúde (tem apenas um rim), ele continua detido numa penitenciária para presos que se encontram a aguardar julgamento.

Mikalai Dziadok foi também declarado culpado dos ataques ao Shangri La e ao edifício sindical e pela participação na manifestação anti-militarista, tendo sido condenado a 4 anos e meio de prisão depois de ter sido ilegalmente detido. Ele também nega as acusações que lhe são feitas.

O dano criminal pelos quais estes companheiros foram condenados não ascende a mais do que algumas centenas de euros em cada um dos casos. Eles encontram-se em condições especialmente duras, reflectindo sobre a sua incomplacência.

Estas condenações formam parte de um repressão ideológica aos anarquistas na Bielorússia. Elas acompanham a revitalização do anarquismo bielorusso nos últimos anos. Contrariamente a outros países da ex-União Soviética e a outras ditaduras modernas, os anarquistas não são uma parte minoritária de uma população prisional dissidente constituída pelo habituais activistas pró-democracia e anti-corrupção. Eles representam pouco menos de metade do presos ´políticos`da Bielorússia. Isto acontece em parte porque é possível que existam sentenças revogadas se a culpa for admitida e se escreva um carta pedindo perdão ao estado, algo que os 5 não irão fazer.

A CNA Bielorússia tem feito constantemente campanha para que possam ser libertados e, a termo imediato, para que sejam permitidas visitas, medicação, cartas e livros, e tenta angariar dinheiro para cobrir os gastos com os advogados e para comprar comida para os companheiros.