Podem
trazer petiscos!!
Nosferatu
de
Friedrich Wilhelm Murnau
Título
original: Nosferatu, eine Symphonie des Grauens [Título inglês:
Nosferatu, A Symphony of Horror]
Ano:
1922
País:
Alemanha (República de
Weimar)
Duração:
94 minutos
Na
cidade de Wisborg, em 1843, Hutter, um agente imobiliário, é
informado pelo seu patrão que deverá viajar até à Transilvânia,
onde vive o seu cliente, conde Orlok, interessado em comprar uma
propriedade em Wisborg. Hutter deixa a esposa Ellen aos cuidados dos
seus amigos Harding e Ruth e viaja para o castelo de Orlock, onde é
recebido pela sinistra figura do conde...
“Nosferatu”
é
uma adaptação cinematográfica não assumida de “Dracula”, de
Bram Stoker, que devido aos direitos de autor, viu todos nomes serem
transformados e a acção passar de Londres para a cidade fictícia
de Wisborg, na Alemanha. Os herdeiros de Bram Stoker exigiram a
destruição de todas as cópias do filme, o que, por algum tempo, se
julgou que tivesse mesmo acontecido...
Este
é um filme indissociável do movimento expressionista alemão,
condensando de forma exemplar uma das suas mais marcantes linhas de
força: o mergulho nas zonas mais obscuras do comportamento humano.
Até que ponto a luminosidade da vida pode resistir ao apelo,
porventura à sedução, das sombras do Mal?
Esteticamente,
“Nosferatu” é um filme onde o realismo surge em inúmeros
exteriores, contrariando a tendência expressionista do autor, numa
influência do romantismo alemão e do apelo da natureza contra a
modernidade. Mas o filme não deixa de estar imbuído da estética
expressionista, presente na própria caracterização de Max Schreck
(Conde Orlock), nos seus movimentos estilizados, nas sombras que
projecta, nos interiores sombrios do seu castelo e em tantas outras
cenas. Murnau traz-nos um dos mais desconcertantes vampiros da
história do cinema, figura irreal, saída de pesadelos, e um castelo
perturbador, que seria o modelo para muitos filmes posteriores.
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Centro de Cultura Libertária
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