No dia 19 de Fevereiro, morreu em Setúbal um jovem vítima de
uma bastonada da polícia.
Este é mais um caso recente de violência policial, tal como
o que aconteceu na Cova da Moura no dia 5 de Fevereiro, quando após a agressão
de vários residentes do bairro, aqueles que foram à esquadra pedir explicações
ainda foram detidos, insultados e espancados.
Não deixamos passar estes casos e não esquecemos nem
perdoamos TODAS as mortes e agressões às mãos da polícia. A repressão policial
é algo que marca o quotidiano desta sociedade, desde as operações de
fiscalização nos transportes públicos à perseguição aos imigrantes, às rusgas e
despejos nos bairros, à perseguição a grupos e indivíduos contestatários. A
presença policial em manifestações é já uma violência.
A polícia é um instrumento para manter a desigualdade social
e a sua acção tenderá a ser sempre mais forte contra os mais desprotegidos, mas
a existência da polícia, como a vemos enquanto anarquistas, é um mal social que
afecta todos os grupos e pessoas, independentemente do seu género, raça, idade.
É por este motivo que recusamos a existência da polícia.
A violência policial
é legitimada se não contestarmos a sua autoridade. Não podemos deixar em paz as
esquadras, os bairros e as ruas onde esta violência se manifesta e os
responsáveis pela mesma.
Centro de Cultura
Libertária
Março
2015