terça-feira, 13 de janeiro de 2009

18 de Janeiro (domingo) - a partir das 13h - Comemoração e Debate: 75 anos do 18 de Janeiro de 1934

18 de Janeiro de 1934 - Greve Geral Insurreccional contra o Fascismo
Comemoração e Debate no dia 18 de Janeiro de 2009 (domingo)
13 horas – Convívio e petiscos 15 horas – Debate no Centro de Cultura Libertária Rua Cândido dos Reis, 121, 1º Dto. - Cacilhas - Almada
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1934 - A revolta dos sindicatos livres contra o Fascismo
18 de Janeiro de 1934 foi a data escolhida pelo movimento operário livre para a greve geral insurreccional destinada a impedir a construção do regime fascista de Salazar. Este movimento foi impulsionado sobretudo por militantes anarquistas e anarco-sindicalistas, organizados na Confederação Geral do Trabalho, e integrado por muitos outros operários de diversas tendências. O objectivo desta revolta foi derrubar o regime de Oliveira Salazar e impedir a fascização da sociedade portuguesa, impedindo a aplicação do Estatuto do Trabalho Nacional, com o qual Salazar pretendia acabar com os sindicatos livres e revolucionários, transformando-os em organismos submissos perfeitamente integrados na organização corporativa do Estado Novo. A insurreição de 18 de Janeiro de 1934 levou a greves, múltiplas sabotagens e inclusive à famosa tomada da vila da Marinha Grande por operários. A revolta não pôde triunfar, mas significou o último grande acto de resistência do movimento anarco-sindicalista organizado. Um acto de dignidade pago com prisões, torturas e deportações de centenas de militantes. Conhecer, discutir e comemorar esta data significativa da história das lutas emancipatórias em Portugal é prestar homenagem a todas essas pessoas que arriscaram a vida pela liberdade. Significa também que nos queremos reapropriar da nossa história e memória enquanto movimento libertário, recusando activamente a longa tradição de submissão e “brandos costumes” ensinada nos livros de história e que constitui a memória oficial do Estado. Conhecer e discutir as lutas do passado significa então também lançar as bases para a teoria e para as práticas de agora, porque a longa noite do fascismo se estendeu muito para além do 25 de Abril de 1974, na cultura e nas instituições portuguesas, inclusive nas “contestatárias”, como os sindicatos actuais que continuam a prolongar o modelo corporativo dos sindicatos nacionais. Por tudo isto, e o que mais quiserem trazer à discussão, contamos convosco no dia 18 de Janeiro.
Associação Internacional d@s Trabalhador@s – Secção Portuguesa http://ait-sp.blogspot.com/