Centro de Cultura Libertária
Ateneu anarquista em Almada
quinta-feira, 22 de dezembro de 2022
Cine-Fórum em janeiro e fevereiro de 2023 no CCL
quarta-feira, 14 de dezembro de 2022
Sexta 16/12 no CCL: "Prelúdio a um desastre" + noite de pizza
19h | Vídeo "Prelúdio a um desastre" 20h30 | Jantar com pizzas veganasPrelúdio a um desastre
[‘Trouble #23: Prelude to a Disaster’, de subMedia; 37 min.; em inglês]
A cada dia as notícias são piores. Milhões de pessoas são forçadas a deslocar-se por ondas de calor e secas inauditas, assim como por violentas megatempestades e inundações repentinas. Incêndios florestais sem precedentes expandem-se sem controlo, arrasando largas extensões de floresta e mato, e mergulhando os centros urbanos próximos em cenas surreais de escuridão no meio do dia. Entretanto, os cientistas informam-nos solenemente de que a vida marinha pode ficar extinta em meados deste século, à medida que os oceanos continuam a ser transformados, de zonas vibrantes de grande biodiversidade, em cemitérios da civilização industrial repletos de plástico. Por mais que tentemos... as consequências do nosso estilo de vida inconsequente tornam-se cada vez mais difíceis de ignorar.
É hoje amplamente aceite que o ‘aquecimento global’ é uma realidade e que as actuais taxas de emissão de carbono das nossas sociedades colocam em risco as gerações futuras. Milhões de pessoas concordam que estamos a roubar aos nossos descendentes por nascer o seu direito a um planeta habitável – algo que os seus ancestrais estupidamente tomavam como garantido. Esta consciência crescente está a traduzir-se num consenso cada vez maior de que nossos “líderes” precisam de intervir para resolver este problema e corrigir esta injustiça histórica. Infelizmente, a maioria dos activistas ambientais continua a ser afectada por uma falsa noção de como o poder opera na sociedade, da escala do problema que enfrentamos… e o que realmente seria necessário para resolvê-lo. Neste episódio de Trouble, a subMedia analisa mais de perto estas dinâmicas, argumentando pela importância de praticar acções ousadas para defender as biorregiões locais, mesmo enquanto lutamos pela total derrocada e substituição da economia capitalista global.
Inclui entrevistas com Dahr Jamail, Nafeez Ahmed, Mel Bazil, Aric McBay e membros do Earth First! Journal Collective.
quarta-feira, 19 de outubro de 2022
22 de Outubro no CCL | Videoconversa: A construção da Rússia pós-soviética + Jantar solidário
sexta-feira, 14 de outubro de 2022
segunda-feira, 19 de setembro de 2022
Dia 24 de Setembro, no CCL
terça-feira, 19 de julho de 2022
O culto da morte continua: vontade de extermínio, propaganda de guerra e catástrofe da civilização
23 de julho no CCL
18 horas: Conversa seguida de jantar
As igrejas e os claustros, em baixo das suas absides e nos seus corpos, protegiam ricamente os túmulos,
enquanto os vivos ficavam miseravelmente protegidos em baixo de cabanas de palha. O culto dos mortos tem travado, desde os seus primórdios, a evolução dos homens. Ele é o “pecado original”, o peso morto, a bola que a humanidade vem arrastando consigo.
Em 1907, nas páginas do jornal L'Anarchie, Albert Libertad escrevia Culte de la charogne.
Nesse breve texto, Libertad lançava um duro ataque contra o costume de venerar os mortos e contra tudo aquilo que está à sua volta.
Já passou mais do que um século desde a publicação daquele texto. Porém, o assim-chamado culte de la charogne continua a estar presente, aliás, continua a fortalecer-se cada vez mais. Ao longo do tempo, os vários fascismos – e os seus modernos epígonos – têm elogiado e glorificado a morte através dos seus símbolos e nos seus rituais fúnebres. As religiões agitam o espectro da morte, ou nalgum caso, delegam a esta a esperança de uma vida melhor. Por outro lado, os Estados fazem do desprezo pelas vidas humanas o seu eixo fundamental.
Portanto, o culto da morte continua, com as infinitas guerras, o espectro do nuclear, os campos de confinamento, as prisões, a repressão da carne e dos espíritos rebeldes.
Ele continua com a propaganda unilateral que fala dos mortos pela guerra, epidemias e outras catástrofes “naturais”, enquanto os cientistas nos advertem que o colapso da terra está ao virar da esquina.
O triunfo da morte e o seu exército de cultores parecem determinados em eliminar qualquer espaço vital, já residual, procurando condenar-nos a um presente mortífero e a um futuro de miséria e privação.
Se a resignação tem aparentemente monopolizado as mentes e os corações, será possível uma revolta contra toda a autoridade que consiga despertar novamente a nossa joie de vivre? Queremos discutir sobre antigos e novos cultos da morte, fazendo uma releitura do texto de Albert Libertad, contextualizando-o no atual cenário social.
quinta-feira, 30 de junho de 2022
"Anarquia e Individualismo" - dia 9 de julho, no CCL
18h00: conversa
20h00: jantar vegano
quarta-feira, 4 de maio de 2022
Dia 14 de Maio, no CCL
terça-feira, 29 de março de 2022
NÃO ÀS FRONTEIRAS! NÃO À GUERRA!
Solidariedade anarquista contra a agressão do Estado russo
Dia 1 de Abril
no Centro de Cultura Libertária
19h00 - Conversa com activistas sobre a situação da Ucrânia
20h30 - Jantar solidário com a resistência anarquista à agressão do
Estado russo
Rua Cândido dos Reis, 121, 1º Dto - Cacilhas (Almada)
quarta-feira, 2 de março de 2022
12 Março de 2022 – SMUP – o CCL estará presente.
12 Março de 2022 – SMUP – Entrada 8 Forças – TODOS OS LUCROS ANGARIADOS SERÃO REVERTIDOS PARA A FAMÍLIA E ALCINDO MONTEIRO.
RESERVA JÁ O TEU BILHETE EM
anti_corpos@yahoo.com
Jornal O Mapa
Marie tattoo
Dilar Reis
Bruno Mosac
GoSa
Anticorpos Records - Merchandising das bandas
CCL - @CentroDeCulturaLibertaria
Amora
Falas Africanas
sábado, 19 de fevereiro de 2022
Novidade na livraria do CCL: «A afirmação negra e a questão colonial: textos, 1919-1928", uma seleção de escritos do anarquista Mário Domingues
A livraria do Centro de Cultura Libertária abre ao público aos sábados das 11h às 13h e durante as actividades.
* * *
«A afirmação negra e a questão colonial: textos, 1919-1928» de Mário Domingues; ensaio e selecção de José Luís Garcia; 318 páginas (Edições Tinta-da-China, 2022) - Preço: 16 euros (portes incluídos)
Foi em 1919, há mais de um século, que Mário Domingues publicou num jornal o seu primeiro texto em defesa dos negros, intitulado «Colonização». Jornalista, cronista, escritor, nascido em S. Tomé e Príncipe, atento ao activismo do movimento negro por todo o mundo, foi construindo a partir daí, e até 1928, uma precursora obra de «rebeldia negra» na imprensa em Portugal.
Este livro recupera a maioria dos textos de Mário Domingues desse período, injustamente esquecidos, onde este escreve, muito à frente do seu tempo, sobre a condição dos negros, o racismo e a colonização, denunciando de forma arrojada preconceitos e discriminações, e expondo corajosamente a violência do colonialismo e de todas as formas de subjugação.
José Luís Garcia, que reuniu estas crónicas, apresenta ainda um ensaio introdutório sobre a obra, a vida e o contexto de Mário Domingues, «um dos maiores símbolos da passagem do negro de uma condição de subalternidade na sociedade portuguesa para autor da sua vida», e um verdadeiro «precursor da afirmação negra».
* * *
Sobre Mário Domingues
Mário Domingues nasceu na ilha do Príncipe em 1899, filho de mãe angolana natural de Malanje, que tinha ido para a ilha do Príncipe como contratada (à força) com quinze anos de idade, e de António Alexandre José Domingues, oriundo de famílias liberais de Lisboa. Com dezoito meses de idade foi enviado para Lisboa, sendo educado pela avó paterna.
Aos dezanove anos de idade aderiu ao ideário do anarquismo e iniciou colaboração no diário anarco-sindicalista A Batalha e, posteriormente, no jornal anarquista A Comuna, da cidade do Porto. Nesse período participou nas atividades de um grupo libertário que, entre outros, integrava Cristiano Lima e David de Carvalho. Fez parte da redação da revista Renovação (1925-1926) e colaborou na organização do congresso anarquista da União Anarquista Portuguesa (UAP).
Publicou diversas obras de ficção. Após o golpe de 28 de Maio de 1926 dedicou-se ao jornalismo e tornou-se escritor profissional. Voltou-se para a história, escrevendo mais de uma dezena de volumes. Também se dedicou ao romance policial, de aventuras e à literatura cor-de-rosa recorrendo a pseudónimos pretensamente estrangeiros.
Apesar de se ter afastado do movimento anarquista, quando em 1975 apareceu o jornal «Voz Anarquista», publicado em Almada, escreveu uma carta ao diretor, onde declarava: «Agora, mais do que nunca, é preciso proclamar bem alto que o anarquismo não é a desordem, a violência e o crime, como as forças reacionárias têm querido qualificá-lo. Urge desfazer essa lenda tenebrosa e demonstrar ao grande público, enganado por essas torpes mentiras, que o anarquista ama e defende o ideal supremo da ordem, exercida numa Sociedade edificada na Liberdade, na Fraternidade e na Justiça Social. À Voz Anarquista cabe essa sublime tarefa, recordando o exemplo de homens superiormente lúcidos como foram Proudhon, Eliseu Reclus, Sébastien Faure, Bakunine, Kropotkine, Neno Vasco, Pinto Quartin, Campos Lima, Cristiano Lima, Aurélio Quintanilha e outros propositadamente esquecidos, que abriram aos homens o Caminho da Liberdade».
sábado, 29 de janeiro de 2022
Dia 5 de Fevereiro no CCL | Círculo de leituras anárquicas: «O Único e a Sua Propriedade» de Max Stirner
18h - Círculo de leituras anárquicas: «O Único e a Sua Propriedade» de Max Stirner
20h - Jantar vegano
Regularmente, juntamo-nos em torno de textos que nos despertaram o interesse, partilhamos leituras e debatemos ideias. Os círculos de leituras anárquicas não são apresentações de livros, são um espaço de partilha e debate em que todos podem participar, mesmo que ainda não tenham lido o texto.
Desta vez, o texto proposto é a obra «O Único e a Sua Propriedade» de Max Stirner.
Alguns excertos:
«O que querem então os homens livres? A resposta é bem simples: eles querem precisamente ser livres, livres de toda a crença, de toda a tradição e de toda a autoridade, pois estas são desumanas.»
«Eu sou proprietário do meu poder, e sou-o ao reconhecer-me como único. No único, o próprio proprietário regressa ao nada criador de onde proveio. Todo o ser superior acima de mim, seja ele Deus ou o homem, enfraquece o sentimento da minha unicidade e empalidece apenas diante do Sol desta consciência. Se a minha causa for a causa de mim, o único, ela assentará no seu criador mortal e perecível, que a si próprio se consome. Então, poderei dizer: A minha causa é a causa de nada.»
«Há tanta coisa a querer ser a minha causa! A começar pela boa causa, depois a causa de Deus, a causa da humanidade, da verdade, da liberdade, do humanitarismo, da justiça; para além disso, a causa do meu povo, do meu príncipe, da minha pátria, e finalmente até a causa do espírito e milhares de outras. A única coisa que não está prevista é que a minha causa seja a causa de mim mesmo! «Que vergonha, a deste egoísmo que só pensa em si!»
quarta-feira, 26 de janeiro de 2022
Transumano Mon Amour – Volume II, de Andrea Mazzola, já disponível na livraria do Centro de Cultura Libertária
Já está disponível na livraria do Centro de Cultura Libertária o segundo volume de Transumano Mon Amour de Andrea Mazzola, editado pelo jornal Mapa também com o apoio do CCL.
Preço: 10 euros cada volumePromoção vol. I + vol. II: 16 euros
(com portes incluídos)
Pedidos através de ccl@centroculturalibertaria.info ou na nossa livraria online: https://tradestories.pt/user/centro-de-cultura-libertaria
A livraria do Centro de Cultura Libertária abre ao público aos sábados das 11h às 13h e durante as actividades.
Transumano Mon Amour / Andrea Mazzola. Mapa (2021), 254 p.
«Com novos meios «personalizados» de manipulação de massas, como se ao progresso da inteligência artificial correspondesse um proporcional desenvolvimento da estupidez humana, às formas tradicionais de propaganda acrescenta-se o universo das redes sociodigitais, a
Propaganda 2.0. Neste tipo de circunstâncias, também podemos destacar o aniquilamento tipicamente H+ das pessoas, convertidas em artefactos, e a desumanização da existência humana, desanimada pelo uso político da tecnociência, que de modo desolador tem transformado a vida num objecto técnico. Tanto os meios quanto os fins são partilhados dos dois lados do Atlântico, e talvez sejam uma bagagem ideológica comum aos dirigentes de todas as nações. O cibertotalitarismo iminente — o golpe de Estado infomilitar —, com a sua atmosfera saturada de um fanatismo caça-heréticos, segundo o modelo institucionalizado pelo tribunal da Inquisição, fala todas as línguas, tem todos os tons de pele e fascina todas as igrejas e todos os governos (independentemente da narração das respectivas comunidades imaginadas).»
in Transumano Mon Amour – Volume II
sábado, 15 de janeiro de 2022
Sábado, 22 de Janeiro no CCL: Apresentação do Livro Transumano Mon Amour Volume II pelo autor Andrea Mazzola
18h - Apresentação do Livro Transumano Mon Amour Volume II, seguida de jantar vegano.
Com novos meios «personalizados» de manipulação de massas, como se ao progresso da inteligência artificial correspondesse um proporcional desenvolvimento da estupidez humana, às formas tradicionais de propaganda acrescenta-se o universo das redes sociodigitais, a Propaganda 2.0. Neste tipo de circunstâncias, também podemos destacar o aniquilamento tipicamente H+ das pessoas, convertidas em artefactos, e a desumanização da existência humana, desanimada pelo uso político da tecnociência, que de modo desolador tem transformado a vida num objecto técnico. Tanto os meios quanto os fins são partilhados dos dois lados do Atlântico, e talvez sejam uma bagagem ideológica comum aos dirigentes de todas as nações. O cibertotalitarismo iminente — o golpe de Estado infomilitar —, com a sua atmosfera saturada de um fanatismo caça-heréticos, segundo o modelo institucionalizado pelo tribunal da Inquisição, fala todas as línguas, tem todos os tons de pele e fascina todas as igrejas e todos os governos (independentemente da narração das respectivas comunidades imaginadas).
in Transumano Mon Amour - Volume II
domingo, 12 de dezembro de 2021
Sábado, 18 Dezembro no CCL: O advento da quarta revolução industrial: viragem autoritária, impulsos reacionários e revoltas urbanas
17h – Conversa
20h – Jantar benefit para companheiros italianos
Desde há alguns anos ouve-se falar de quarta revolução industrial. Esta é a
última mudança do modo de produção capitalista. É um processo de reestruturação
feito pela introdução de técnicas tais como inteligência artificial, internet
das coisas, robôs, realidade aumentada, big data, etc.
A partir da 1ª Revolução Industrial, as máquinas vieram substituir,
gradualmente, o trabalho humano: desde o fim do século XVIII com a introdução
do tear mecânico e o uso do motor a vapor, a primeira linha de montagem
alimentada pela energia elétrica em 1870, os primeiros softwares em 1969 e o
controlo automatizado das fábricas, até às smart factories dos nossos dias.
Estes são apenas uns poucos dos muitos exemplos de mudança do modus operandi
da produção capitalista, mudanças prestes a acontecerem também no âmbito político.
Suportada pelo auxílio das novíssimas tecnologias, a viragem autoritária que
está a envolver, em primeira linha, os países da União Europeia está à vista de
todos. As medidas de lockdown, junto com a incrementação do controlo policial,
estão a limitar os assim-chamados “direitos do Estado liberal-democrático”,
deixando intactas as suas estruturas formais (Parlamentos, Sistemas
Judiciários, Formas de governo etc). Contra isso tudo, em diferentes partes do
mundo, um movimento amorfo e contraditório está a se erguer, se bem que
caracterizado, por vezes, por impulsos reacionários e religiosos, em defesa da
“antiga normalidade”.
Apesar disso, este magma não se deixa cooptar por alguma organização
política que sirva enquanto intermediação entre os protestos e o Estado,
fazendo com que a raiva transborde e gere episódios de cólera coletiva e
individual, lançando, assim, sementes de revoltas espontâneas.
Sábado 18 de dezembro, no CCL, vamos conversar sobre o impacto das
tecnologias trazidas pela quarta revolução industrial nas nossas vidas e das
consequências dessa viragem autoritária do Estado. A seguir, haverá um jantar
benefit para alguns companheiros italianos atingidos pela operação repressiva
“Sibilla” (novembro 2021).
segunda-feira, 6 de dezembro de 2021
11 de Dezembro no CCL: Apresentação do livro “Contra o Leviatã, Contra a sua História” de Fredy Perlman
18h - Apresentação do livro “Contra o Leviatã, Contra a sua História” de Fredy Perlman, pelo seu tradutor
20h - Jantar vegano
Contra o Leviatã, Contra a sua História / de Fredy Perlman (Tradução de Pedro Morais). Livros Flauta de Luz, 2021.
Uma das obras-primas de Fredy Perlman, Contra o Leviatã, Contra a sua História foi publicado pela primeira vez em 1983, em Detroit. Neste ensaio, cuja investigação durou meia década e levou o autor a visitar locais arqueológicos em três continentes, Perlman procede a uma revisitação crítica da história da Humanidade, desde as origens sumérias da civilização ocidental até aos nossos dias, pondo em causa os fundamentos canónicos baseados na narrativa estatal. O Leviatã representa o Estado no seu sentido mais profundo e amplo, não só a instituição administrativa de uma sociedade, mas também a construção da própria sociedade, a sua maquinaria, a sua espiritualidade morta, o seu militarismo, as suas relações alienadas e patriarcais, o seu desprezo pela natureza e as suas tecnologias de poder.
Fredy Perlman (1934-1985) nasceu na Checoslováquia, de onde fugiu ao nazismo com os pais, para os Estados Unidos. Professor de Sociologia e Antropologia durante algum tempo, foi dissidente da Universidade e activista durante toda a sua vida adulta, tendo participado no Maio de 68 em França e nas sublevações contemporâneas ocorridas nos EUA. Tipógrafo e impressor de todos os seus livros, criou uma cooperativa gráfica que se tornou um exemplo de autonomia solidária. É autor de um grande número de ensaios e de uma obra ficcional muito original, que a sua morte prematura interrompeu em plena criação.
domingo, 21 de novembro de 2021
24 /11 - Caravana Zapatista pela Vida - Filme + Conversa com o Congreso Nacional Indígena
24 de Novembro de 2021 - 19h
Conversa com o Congreso Nacional Indígena de México - CNI
Projecção de filme sobre "La representación indígena en Mexico"
(com sopa)
no Centro de Cultura Libertária
A Caravana pela vida dos povos mexicanos começou em Portugal em Novembro de 2021 com duas delegações do Exército Zapatista de Libertação Nacional (EZLN) e três membros da delegação do Congresso Nacional Indígena (CNI) que se deslocam agora por toda a Europa. A partir de uma série de encontros de escuta e palavra, ambas as delegações de povos originários propõem-se trocar histórias sobre as formas de resistência autónoma nos seus territórios e as formas como lutamos a partir de baixo e à esquerda como possibilidades de encontrar caminhos diferentes para a hidra capitalista que hoje nos tem sem futuro à vista.
O Congresso Nacional Indígena foi constituído a 12 de Outubro de 1996 como um espaço onde os povos originarios se encontram para reflexão, solidariedade e reforço das lutas de resistência e rebelião, com as suas próprias formas de organização, representação e tomada de decisões. Cristalizou-se a partir do impulso do EZLN depois do Estado mexicano não ter cumprido os acordos políticos com as populações indígenas e ter ignorado a sua autonomia.
Três delegados da CNI estarão presentes no Centro de Cultura Libertária: Marcela da Frente de Defesa da Terra e da Água da Península de Yucatán; Isabel da Comunidade Indígena Otomí, residente no CDMX e participante no "Toma" do EXINPI, agora conhecida como Casa de los Pueblos, e Eliezer, delegado de Amilcingo (Morelos). O seu objectivo é apresentar um documentário sobre vozes indígenas e discutir o poder da assembleia face à representação partidária hegemónica.
terça-feira, 2 de novembro de 2021
Manifestação: Contra todas as Prisões | Dia 6 de Novembro às 15h | Estabelecimento Prisional de Lisboa
Contra todas as Prisões
Dia 6 de Novembro às 15h
em frente ao Estabelecimento Prisional de Lisboa
«Desde o início deste ano até 29 de Setembro morreram 27 pessoas nas prisões portuguesas. Em 2020, foram contabilizadas 75 mortes, 54 por doença e 21 por "suicídio" (nove delas no Estabelecimento Prisional de Lisboa) segundo o relatório anual de segurança interna. Portugal é um dos países da Europa onde mais pessoas morrem na prisão.
No dia 15 de setembro morreram três pessoas: Danijoy Pontes e Daniel Rodrigues no EPL, e outra em Alcoentre. Danijoy tinha apenas 23 anos e Daniel Rodrigues tinha 37. O Estado justifica o elevado número de mortes com o facto da população prisional portuguesa ser das mais envelhecidas, mas, como é evidente por estas duas mortes recentes no EPL, os jovens saudáveis também morrem. E porquê? Porque para além de por si só o encerro ser já um acto de tortura contra qualquer ser humano, as condições nas prisões levam inevitavelmente à doença e à morte: comida podre; celas húmidas com pulgas e percevejos; condições de higiene precárias que colocam em risco a saúde das pessoas presas; atenção médica insuficiente OU reiteradamente ignorada; administração de medicamentos aleatória sem diagnóstico comunicado à pessoa presa ou aos seus familiares; etc. A tudo isto acrescentam-se os castigos, as torturas e a violência praticada quotidianamente pelos guardas com total impunidade e o silêncio cúmplice dos seus superiores.
Por toda esta realidade que enfrentam os reclusos e os seus familiares facilmente se entende que a "reinserção" é uma grande mentira e que a missão das prisões é exclusivamente castigar a pobreza, retirando toda a dignidade àquelas pessoas que têm a infelicidade de acabar fechadas numa cela por ordem de um qualquer magistrado.
No dia 6 de novembro saímos à rua contra todas as prisões e por todas as pessoas presas, para demonstrar que não estão sós!»
domingo, 24 de outubro de 2021
Aula de português para estrangeiros: nova data | Portuguese classes for foreigners: new date
A aula de português para estrangeiros do dia 31 de outubro foi adiada para o domingo seguinte: 7 de novembro.
The Portuguese for foreigners class on October 31st has been postponed to the following Sunday: November 7th.
terça-feira, 12 de outubro de 2021
Dia 23 de Outubro no CCL | Círculo de leituras anárquicas: «O Apoio Mútuo», de Piotr Kropotkin
18h - Círculo de leituras anárquicas: O Apoio Mútuo, de Piotr Kropotkin
20h - Jantar vegano
Regularmente, juntamo-nos em torno de textos que nos despertaram o interesse, partilhamos leituras e debatemos ideias. Os círculos de leituras anárquicas não são apresentações de livros, são um espaço de partilha e debate em que todos podem participar, mesmo que ainda não tenham lido o texto.
Desta vez, o texto proposto é a obra O Apoio Mútuo, de Piotr Kropotkin. Em território português, esta obra foi editada pela primeira vez este ano pela editora Antígona.
«Obra marcante do célebre anarquista russo, O Apoio Mútuo (1902) é um dos primeiros estudos sistemáticos da entreajuda em comunidades humanas e animais. Respondendo aos defensores do darwinismo social — para quem o progresso resulta da feroz competição entre indivíduos e da sobrevivência dos mais aptos —, Kropotkine propõe, baseado em registos históricos e detalhadas observações, que a cooperação é o verdadeiro factor da evolução. Ao mostrar que as pessoas tendem espontaneamente para a ajuda mútua, e que é o Estado, com a sua ânsia de regular colectividades e defender privilégios privados, que corrompe esta inclinação natural, Kropotkine constrói a defesa do anarquismo e apresenta uma base científica para a organização da vida em sociedade. Texto essencial para compreender os fundamentos anarquistas, combinando a erudição de um cientista experiente com o discurso poderoso de um libertário, O Apoio Mútuo não só conserva a sua actualidade, como encerra a clarividência e o optimismo de que precisamos nos nossos dias.» (sinopse retirada da edição da Antígona de 2021)
Mais algumas contribuições para o debate:
«Kropotkin: "a ajuda mútua representa na evolução um importante elemento de progresso"» - https://colectivolibertarioevora.wordpress.com/2015/12/09/kropotkin-a-ajuda-mutua-representa-na-evolucao-um-importante-elemento-de-progresso/
«A atualidade revolucionária do conceito "apoio mútuo" de Piotr Kropotkin», por David Graeber e Andrej Grubačić - https://autonomialiteraria.com.br/a-atualidade-revolucionaria-do-conceito-apoio-mutuo-de-piotr-kropotkin/
terça-feira, 28 de setembro de 2021
Portuguese language classes for foreigners in CCL / Aulas de português para estrangeiros no CCL
A partir de outubro, as aulas de português para estrangeirxs vão regressar ao CCL.
Para combinar, enviar email para o CCL: ccl@centroculturalibertaria.info
Free Portuguese language classes for foreigners in CCL, starting on the 3rd of October. 11:00am-1:00pm
Please send an email to CCL in advance: ccl@centroculturalibertaria.info
quinta-feira, 23 de setembro de 2021
Feira Anarquista do Livro | Lisboa - 25, 26 de Setembro 2021
O Centro de Cultura Libertária estará presente na Feira Anarquista do Livro em Lisboa no próximo fim de semana.
A feira terá lugar na Quinta do Ferro, rua C, nº 70 (paralela à Rua Leite de Vasconcelos).
Programa e toda a informação disponíveis aqui: https://feiranarquistadolivro.noblogs.org/
terça-feira, 14 de setembro de 2021
Conversa sobre a situação dos refugiados na Roménia + Petiscos veganos
Dia 18 de setembro às 18h
Refugiados em Timisoara: repressão e luta
Conversa sobre a situação dos refugiados na Roménia
Petiscos veganos
no Centro de Cultura Libertária
Rua Cândido dos Reis, 121, 1º Dto - Cacilhas
segunda-feira, 6 de setembro de 2021
Feira Anarquista do Livro: Lisboa – 25 e 26 de Setembro 2021
Feira Anarquista do Livro
Lisboa – 25 e 26 de Setembro 2021
Viva!
Desde este ponto geográfico cada vez mais perto da catástrofe total, fruto do terramoto turístico, do aparato fármaco-securitário e da normalização de tudo, voltamos a convidar-vos a todas e todos para um fim-de-semana de encontro entre resistentes, insubmissos e iconoclastas. Nos dias 25 e 26 de Setembro de 2021, a Feira Anarquista do Livro regressa a Lisboa, num "algures" a anunciar em breve. Se fazem parte de algum colectivo editorial ou de uma distribuidora, ou se individualmente se dedicam à edição e distribuição de papel impresso carregado de "vírus" rebeldes, escrevam-nos para: feiranarquistadolivro@riseup.net, e reservamo-vos um cantinho.
À violência continuada do processo pandémico, que dissolveu laços sociais e hábitos de comunhão, respondemos com uma
possibilidade de encontro.
Hoje como ontem, resistimos ao cerco do capital, da autoridade e do conformismo. A maioria resigna-se, nós não!
Saúde e Anarquia!
feiranarquistadolivro@lists.riseup.net
sexta-feira, 9 de abril de 2021
CCL reabre aos sábados
Em Abril, o Centro de Cultura Libertária volta a abrir ao público, aos sábados das 11 às 13h.
Neste horário podes aproveitar para consultar a nossa biblioteca ou visitar a nossa livraria.
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021
A livraria do CCL online!
A livraria do CCL está agora online em:
https://tradestories.pt/user/centro-de-cultura-libertaria
Pedidos através do site ou para distribuidora@centroculturalibertaria.info
sexta-feira, 15 de janeiro de 2021
CCL fechado ao público nas próximas semanas
Devido às novas restrições legais, o Centro de Cultura Libertária permanecerá fechado ao público até nova informação.
O CCL é uma associação anarquista que continua a ter despesas mensais (renda e contas de 250€ mensais), suportadas unicamente por quotas associativas e donativos.
Descobre como apoiar-nos em: https://culturalibertaria.blogspot.com/p/apoia-o-ccl.html
Para qualquer assunto podes contactar-nos através do nosso e-mail: ccl@centroculturalibertaria.info
quinta-feira, 12 de novembro de 2020
Horário de abertura do CCL durante o "recolher obrigatório"
Durante as próximas duas semanas, e enquanto vigorar o “recolher obrigatório” aos sábados à tarde, o Centro de Cultura Libertária estará aberto ao público às sextas-feiras das 18 às 20 horas.
sábado, 19 de setembro de 2020
Novo horário de abertura do CCL: sábados das 17 às 19h
A partir de 19 de Setembro, o Centro de Cultura Libertária passa a estar aberto ao público aos sábados das 17 às 19 horas.
quarta-feira, 27 de maio de 2020
Um mês de Apoio Mútuo Almada! Ajuda-nos a continuar!
Desde o início recebemos bastantes donativos de produtos alimentares e cerca de 1000 euros em dinheiro. Foram estes donativos que nos permitiram desenvolver a nossa acção durante um mês.
Apesar da importância dos donativos em géneros, todas as semanas precisamos de fazer compras na ordem dos 200 euros para conseguir disponibilizar comida a toda a gente que nos procura.
Para podermos continuar este projecto, agora precisamos mesmo do teu apoio!
Apelamos à doação de alimentos não perecíveis (incluindo comida para animais e fruta em estado de conservação) e produtos de higiene às terças das 18 às 20h.
Se és um produtor ou distribuidor de alimentos e podes ajudar, contacta-nos!
Também estamos sempre a precisar de tupperwares e caixas de take away para distribuir sopa e outras refeições confeccionadas.
Se queres ajudar com dinheiro faz um donativo para o NIB: 003501790000215493029
(enviar info da transferência para apoiomutuoalmada@riseup.net).
Obrigado!